domingo, 21 de fevereiro de 2010

Treino é treino, jogo é jogo

O Campeonato Paulista serve para pouca coisa. Um monte de jogo contra time sem expressão nenhuma. Mas é uma armadilha que pune pesadamente quem vai mal. Um dos poucos atrativos do torneio são os clássicos. Pois ali são medidas as forças reais dos proponentes ao título e, claro, são apimentadas as rivalidades.
Deste Paulista que vale pouco o jogo que mais valeu neste domingo foi São Paulo e Palmeiras. E o que se depreendeu:
- Que o time do Palmeiras não era esta moleza que apregoavam (exatamente como já foi analisado neste espaço), mas que vinha sendo mal escalado e gerido. Com um pouco de organização tática e com os jogadores mais satisfeitos em suas funções de origem, a equipe alviverde engoliu o adversário;
- Que a torcida do Palmeiras é como qualquer torcida. Num dia chama o técnico de racista e pede a volta do antigo treinador (que ajudou a afundar a equipe na crise). No outro, por causa de uma vitória, aplaude e glorifica o novato. Cadê a coerência?
- Que o São Paulo tem algo que o faz temer jogos difíceis e importantes. Apatia, covardia ou qualquer outra "ia". O fato é que a equipe do Morumbi não consegue se impor contra adversários clássicos, ao contrário de um passado bem recente;
- Que o time não atingiu um padrão tático ainda e sofre do mesmo mal que o acometeu na reta final do Brasileiro-2009. Ganha os jogos que sabe que vai ganhar, perde os que sabe que vai perder. Não foge da previsibilidade. Seus atletas não conseguem render em campo. Não há esquema tático definido nem jogadores diferenciados.

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