terça-feira, 2 de outubro de 2012

Destinos cruzados

Olhe para a imagem acima. Nela estarão Paulo Henrique Ganso, Elano, Borges. Ibson não está no retrato, mas estava no elenco. No banco, o treinador de R$ 700 mil, Muricy "Eu merecia este título" Ramalho. Nos bastidores, um presidente que era tido e havido como sinônimo de modernidade e paradigma das mudanças no futebol brasileiro _por vários, inclusive por este que vos escreve. O que mudou tanto em tão pouco tempo? Uma série de fatores ajuda a explicar o acontecido: 1. Síndrome de "Soberano" - o mesmo mal que assolou o São Paulo pegou o Santos na curva. O clube achou que, não importa muito o que fizesse, iria sempre manejar as coisas de tal forma que acabaria campeão. Não deu importância às pessoas, minimizou o planejamento, subestimou os adversários (todos os fatos serão obviamente negados, mas foi o que ocorreu). 2. Neymardependência - Com o atacante, o time é um, com 70% de aproveitamento. Sem ele, é outro, com cerca de 30%. O atacante que se vê cada vez mais sozinho, isolado, apanhando cada vez mais dos adversários e com importância mais e mais vital. Até quando vai aguentar? 3. Perda de jogadores - O Santos abriu mão de um Elano, de um Ibson, de um Paulo Henrique Ganso. Perdeu Edu Dracena. Até do Pará. E não tinha peças à altura para substitui-los. Perdeu quando deixou sair, demorou para se movimentar. 4. Comando técnico - Muricy pega os times na alta e os revende na baixa. Tem sido assim há tempos e a verdade é que ainda é valorizado no mercado. Ele destruiu o sistema de jogo do Santos, não consegue ir além da página dois, centraliza tudo em Neymar e vocifera contra jornalistas.