sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

É ruim, mas é bom

A lógica do mundo:

1. Antonio Carlos era zagueiro. Dos bons. Encerrou sua carreira no Santos. Agradecido, virou uma espécie de aprendiz de Wanderley Luxemburgo, com quem dizia manter bom relacionamento. Estava treinando para ser técnico.
2. Antonio Carlos é amigo de infância de Andres Sanchez, presidente do Corinthians. Por causa disso, virou gerente de futebol do clube. Na época, muitos interpretaram o gesto como um preparativo para a ida de Luxemburgo ao clube. A ida nunca aconteceu. Antonio Carlos caiu após a célebre noitada de Ronaldo Fenômeno em Presidente Prudente.
3. Seu mestre, Luxemburgo, entrou em confronto direto com o jovem atacante Keirrison. De promessa no Campeonato Paulista a obscuro nos demais torneios, Keirrison bateu de frente com o técnico, que disse que enquanto ele estivesse a frente do Palmeiras, o número nove não mais lá jogaria. Luxemburgo foi demitido por insubordinação. Keirrison forçou a barra e não jogou mais no Palmeiras. Hoje, vagueia por times de segunda linha na Europa.
4. O Palmeiras não quis efetivar o titular Jorginho quando fazia boa campanha no Brasileiro. O presidente resolveu apostar tudo em Muricy (R$ 400 mil ao mês de salário e R$ 2.5 milhões de multa rescisória). Insatisfeito, Jorginho deixou o Parque Antarctica e foi para o Goiás. O discurso dentro do Palmeiras é que não era possível ter um treinador de "segunda linha", que era necessário um nome "de ponta".
5. Para fechar o ciclo, Antonio Carlos, ex-pupilo de Luxemburgo (desafeto do presidente palmeirense) e ex-dirigente corinthiano (demitido por se envolver em episódio dantesco), com pouca experiência (comparável, talvez à de Jorginho), é chamado para ser treinador.

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