terça-feira, 28 de dezembro de 2010

vai ver se eu estou lá na esquina

Quem vai colocar dinheiro no Fielzão? Quem vai pagar a conta? Quem vai reformar aeorporto? Quem vai cuidar do transporte público? Quantas arenas afinal estarão aptas para a Copa? Faltando três anos para o Mundial, tudo parece frágil demais.
Mas ninguém parece muito preocupado com isso.

Rapidinha

1. Sim, o Santos vai montando um time de enorme respeito, para uma Libertadores em que todos os outros parecem meia-boca. Charles, Arouca, Elano e Ganso é um meio-de-campo para ninguém botar defeito. Jonathan na lateral é uma vantagem competitiva enorme. Neymar no ataque é desequilíbrio na certa. Se Keirrison voltar a jogar bola, então... Está faltando um bom zagueiro, porém.

2. Talvez o Corinthians ainda consiga trazer Adriano, mas imaginar que ele sozinho é a solução de todos os problemas é tapar o sol com a peneira. Roberto Carlos e Ronaldo não fazem outra coisa senão ficarem mais velhos (dããã), William parou, Elias se foi e as peças de reposição não chegam. Tite é uma incógnita.

3. Não, Palmeiras e São Paulo não parecem dar boas perspectivas para seus torcedores. O alviverde parece ainda pior, uma vez que está há muito tempo sem títulos relevante (foi a década perdida), machucado pela inglória eliminação da Sul-Americana, vendo uma disputa política com ares de pastelão. O São Paulo tem suas limitações que são amplamente conhecidas. A diferença é que está paralisado. Irá conseguir alguma coisa? Bom, quando o clube mais vitorioso do Brasil vira segunda opção para o lateral Juan, alguma coisa está muito errada.

Law and Order

O ano vai virar sem que o torcedor do São Paulo tenha a mínima pista de como se dará o processo sucessório de abril. Um papelão para um clube que sempre se posicionou como "diferenciado".

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Faça-me o favor

É forte, decidida, inteligente, convicta e deveria ser aclamada por todos os torcedores são-paulinos a posição do vice-presidente do clube paulista, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
Sobre os disparates de Milton Cruz, o auxiliar técnico que tirou Ricardo Oliveira do Morumbi e convidou Beckham para o meio-campo, Leco vaticinou: tem gente que não sabe o que está falando.
É correta a posição do vice-presidente. Milton Cruz tem uma aura de intocável criada a partir do suposto sucesso na montagem do time campeão do mundo em 2005. Se deixa se embriagar pelos louros da fama, deveria dividir também as dores dos fracassos. Nunca foi ouvida uma palavra sequer de Milton Cruz sobre as contratações erradas na temporada 2010 _e nas anteriores. Do caderninho mágico de Milton Cruz devem estar faltando as páginas de lateral-direito e a do meio-campo, pois o Tricolor anda carente destas posições não é de hoje. Ou talvez elas estejam recheadas de nomes como o do ex-jogador em atividade Beckham.
Se era uma brincadeira, Milton Cruz deveria ser alertado que a torcida do São Paulo tem paciência, mas uma hora ela estoura. Não se brinca com coisa séria.
Se fez um convite para Beckham e ouviu um "não", deveria ter ficado calado.
Ao criticar Milton Cruz, Leco não defende seu cargo. Defende a honra do São Paulo Futebol Clube.

PS: E até agora, Juvenal Juvêncio ainda não se pronunciou sobre a eleição de abril. Perto dessa atitude antidemocrática, a fala de Milton Cruz fica menor.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mercado parado

O mercado da bola está estranhamente paralisado neste ano, diferentemente do ocorrido em 2009 e 2008.
Isso enquanto todos os clubes jactam-se de patrocínios nunca antes celebrados para suas agremiações.
Estranho, muito estranho.

Chatice

Vai, bolinha, volta a rolar logo. Só assim ficaremos livres destes pseudodilemas. Na boa, Valdivia brigou com o Felipão? Porque não quis assinar um documento dizendo que não ia fazer esforço físico durante as férias? Mas, em primeiro lugar, quem teve a ideia de jerico de propor tal documento? E se ele assinar, significa o quê?
O fato é que o clube é que tem que tomar uma decisão. Se não confia no atleta e acha que ele está de brincadeira, manda embora.
Mas piada pior é esta dos dirigentes do Inter que querem convocar uma coletiva em São Paulo para reclamar do assédio ao Guiñazu, o volante que levou um drible desmoralizante do jogador do Mazembe (fala sério).
Até onde se sabe, é simples assim: se tiver contrato, paga a multa e leva o jogador. Não precisa falar com o clube. Se não tiver, acerta o salário e leva o atleta.
Ponto final.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Roth, herói ou vilão

Quando a Copa do Mundo impôs uma pausa no calendário futebolístico, os colorados respiraram aliviados. O time estava recheado de bons jogadores, mas capenga. Dizia-se que os comandados não entendiam o técnico Fossati, pelo fato de ele ser estrangeiro. Naquele momento, a sensação (e era só isso, pois nunca saberemos) era a de que, fosse feito o confronto com o São Paulo, o time paulista chegaria até facilmente à sua sétima edição.
Após a Copa, o Inter fez quatro jogos pela Libertadores. Três vitórias e uma derrota. Ganhou do São Paulo pelo placar agregado. Apareceram aqueles que diziam que toda a diferença do mundo estava em Celso Roth. O treinador teria dado um choque no time, teria feito a diferença. Sim, até aqui frequentou-se a tese de que uma mexida no comando técnico havia feito bem ao Inter _e cobrada coragem semelhante à diretoria tricolor, que na época demorou para mexer no claudicante Ricardo Gomes (detalhe: pouco depois, colocou um semitreinador em seu lugar).
Verdade seja dita. Por mais méritos que Roth possa ter tido _e teve_, não foi só dele aquela vitória. Foi da circunstância. Foi do fato de o Sâo Paulo ter sido um time covarde, de a bola ter desviado em um jogador antes de entrar no gol do Rogério, de o time mexicano na final ter sido muito fraco...
Mas não podem os que endeuseram Roth agora o criticar como se fosse culpado único pela derrota em Dubai. Não é.
E, se for, se ele é um treinador inepto, que teve quatro meses para preparar o time e não conseguiu, então faltou agora ao Inter a mesma coragem que teve no meio do ano de identificar o problema e tentar saná-lo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Se a moda pega...

Já que estão chamando urubu de papagaio, poderiam reconhecer a Taça dos Mundialitos de 52 a 63. Com isso, o São Paulo seria pentacampeão mundial.

Adriano no Corinthians

Muitos gols, principalmente contra time baba.
Descontração e entrevistas dizendo como "está alegre".
Finais de semana longos no Rio.
Contusões aparecerão.
Uma ou outra crise com a torcida, depois de sumir em um jogo importante.
Apoio incondicional de Ronaldo.
Este será Adriano no Corinthians. Se vier.

Mais uma falta de lógica

Juvenal Juvêncio diz que fará diferente, mas que aceita dinheiro do patrocinador para reforçar o clube. Mudar é bom. Mas precisa sempre fustigar os demais e se achar tão melhor?
Enquanto isso, Ricardo Oliveira está mesmo indo embora, Juan faz doce e a diretoria brinca com os sentimentos da torcida ventilando a possibilidade de compra de Paulo Henrique Ganso. Fala sério!

Cadê a bola?

O que tinha para ser dito sobre a derrota do Inter, ontem (14/12), na semifinal do Mundial interclubes, meio que já foi dito. O time perdeu uma penca de gols, os nervos estavam à flor da pele, o folclórico Kidiaba fechou o gol, Celso Roth nitidamente escalou a equipe de maneira cautelosa demais...
O que falta falar é que por mais que o discurso seja o contrário, os jogadores do Internacional (E A IMPRENSA) menosprezaram o adversário.
Ninguém sabia ao certo o que era aquele time, como ele jogava.
Parecia um bando de exóticos, uma zebra. E era um time bem bonzinho, que jogou da única maneira que podia: no contragolpe.
O Inter fez promoção, despedida no estádio, divulgou que queria ser igual ao São Paulo de Telê e esqueceu de jogar bola.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Jogador de grupo

Dagoberto chegou ao São Paulo em 2007, ano em que foi campeão brasileiro. Marcou um gol no jogo que valeu a taça. Seu tento contra o Vasco, em São Januário, é uma pintura.
Dagoberto fez um bom Brasileiro em 2008. Com um gol antológico, contra o Inter, no Morumbi.
Em 2010, Dagoberto (e o São Paulo) não ganharam nada. O atacante é mais lembrado pelo chute bizarro e malcriado dado na Vila Belmiro, depois do passeio que o São Paulo levou do Santos.
Dagoberto quase saiu do São Paulo. Ficou encostado. Foi alcunhado de jogador nada bem quisto pelo grupo. Quase não jogou.
E agora Dagoberto diz que 2010 foi o melhor ano de sua carreira no São Paulo.
Ou está fazendo humor ou está tentando se valorizar para seguir no São Paulo.
Ou não sabe nada de nada.

Casuísmo

Torneio mata-mata. Competição em que a equipe já entra na semifinal. Valia de tudo antes do Brasileirão ser instituído em 1971. Agora, para a CBF, porém, tudo é farinha do mesmo saco. Conta tudo, conta qualquer coisa.
Não é de surpreender. Depois da palhaçada da inclusão da Sul-Americana como classificatória para a Libertadores e dos diversos casuísmos, esse seria só mais um deles.
O triste é tirarem de Telê Santana a alcunha de primeiro campeão nacional da história.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Torturando números

Então hoje há um estudo dizendo que o Corinthians tem potencial de retorno de marca de R$ 750 milhões, sendo a marca mais valiosa do país em termos de futebol. Uma mistureba de indicadores, que incluem dados financeiros dos clubes e potencial comprador dos torcedores, ajudaria a explicar esta cifra com carinha de chute.
Porque os números de clube nenhum do Brasil parecem muito santos. E porque este negócio de potencial de compras é infinito. O fato é: quanto disso vira, de fato, recurso para o clube?
Quantas camisas o clube vende? Quantas memorabilia? Quantos torcedores são sócios e compram carnê?
O jornal que publica isso faz um serviço no meio do caminho, ao não questionar os dados. O potencial do Corinthians é de R$ 750 milhões. Sua torcida, segundo o Ibope, é formada por 26 milhões de brasileiros. O potencial de imagem é de R$ 28,84 por cidadão corinthiano.
O São Paulo é o segundo na lista. Seu potencial (com Morumbi, loja da Reebok e o diabo a quatro) é de R$ 660 milhões. Sua torcida é de 17 milhões. O potencial de imagem é de R$ 38,82 por torcedor _35% a mais que o Corinthians.
Por esta lógica, não vale a pena crescer a torcida? Ou a qualidade do potencial de marketing do São Paulo é muito superior à do Corinthians?
Aparecer um estudo assim e ser tratado de maneira acrítica só deve interessar neste momento a quem está querendo negociar os naming rights do estádio.

Camisa limpa

Caiu como uma bomba o anúncio, na última semana, de que uma empresa do Qatar conseguiu o que muitos julgavam impossível: colocar um anúncio na camisa do Barcelona.
Nem mesmo um dos melhores times e um dos maiores clubes esportivos do mundo estaria passando incólume pela crise econômica europeia e pela diminuição da circulação de riqueza. Pelo anúncio, a empresa vai pagar a bagatela de R$ 67,8 milhões ao ano.
Parece pouco. Muito pouco.
Compare o Barcelona. O estádio que tem. O nome que tem. Quem é. O que vende de camisa, o que é conhecido. Visite a sala de troféus. Conheça o centro de treinamento, o centro de formação de atletas. Veja que ele está vendendo apenas um patrocínio (o que torna o produto mais caro). Faz sentido que ele seja apenas 1,78 vez maior que o do Corinthians (que é apenas usado como referência por se jactar de ter o maior patrocinador individual do país).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prestação de contas

Uma empresa de capital aberto tem milhares de acionistas. Quando o desempenho não é o esperado (ou seja, as ações não dão o retorno pretendido), os responsáveis são cobrados. Não significa que não tenham feito a coisa certa. Diversos fatores (mercado externo, crise, problema de última hora, reinvestimento, novo ambiente competitivo) podem explicar um eventual resultado ruim. Mas, caso não haja justificativa plausível, o mercado é implacável: os executivos perdem seus postos (salários, bônus, benefícios, benesses). Não há almoço grátis.

Um clube de futebol tem milhões de acionistas _seus torcedores. Os presidentes e conselhos deveriam prestar contas a eles.

O Palmeiras precisaria esclarecer os gastos e a parceria para reforma do estádio. As multas pagas aos treinadores demitidos. Os valores reais pagos a Scolari. A engenharia que trouxe Valdivia de volta ao clube. O real endividamento contraído. As diversas contratações que incharam a folha de pagamento.

O Corinthians precisaria esclarecer os altos salários pagos a jogadores encostados. A falta de reservas para posições carentes e o excesso de ofertas em postos já bem ocupados. O custo da "aventura Adilson Batista". Os reais valores (e quem paga) envolvendo o estádio. O aumento do seu endividamento.

O São Paulo deveria explicar por que gastou tanto em tantas contratações duvidosas. E também qual é o tamanho do prejuízo inercial (quantos salários ainda estão sendo pagos por jogadores que não estão mais a disposição). Precisaria explicar quais os ganhos que teve ao apoiar um candidato de oposição ao Clube dos 13. Deveria explicar como foi a negociação tão demorada e que gerou tanto prejuízo ao clube por ter ficado quase um ano sem patrocínio. Deveria dar explicações ainda sobre quem foi o condutor da negociação para a Copa do Mundo, quanto foi gasto nesta brincadeira e quais foram as falhas reais -além de posicionar os seus acionistas sobre se afinal os planos seguirão em frente ou não. Deveria ainda se adiantar e esclarecer os critérios da eleição de 2011.

E dependendo das explicações os três presidentes deveriam deixar seus postos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Papelão

A festa de encerramento do Campeonato Brasileiro, na noite de ontem (6/12), teve momentos de extremo embaraço. Quase todos protagonizados pelo presidente do Corinthians, Andres Sanchez.
O presidente já havia dados sinais de não ter engolido a derrota de um Brasileiro que se avizinhava fácil ao time de Parque São Jorge, ao tentar explicar o comportamento do Corinthians no campeonato de 2009. Na ocasião, o time paulista perdeu para o Flamengo por 2 a 0. O time carioca pulou para a frente da tabela e, ao final do torneio, seria campeão, desbancando o São Paulo.
Sempre se debateu se o Corinthians havia "entregado" o jogo ou não. A dívida se dissipou. Andres disse que o Corinthians, não. Mas o goleiro Felipe, sim. Se o fez, foi com uma conivência da diretoria. Afinal, depois daquela, Felipe ainda fez mais 50 partidas pelo clube, sem punição.
Na festa da CBF, Andres foi deselegante com o Fluminense. Saiu do palco sob vaias. Tentou colocar o seu Corinthians como símbolo de dignidade, ao voltar para o Campeonato Brasileiro pela "porta da frente" _diferentemente do Fluminense, beneficiado por uma virada de mesa, subentende-se.
Sobre as denúncias envolvendo a MSI e a mancha do Brasileiro-2005, quando o Corinthians ganhou pelas portas do fundo, nenhuma palavra.
Andres teve dinheiro de patrocinadores, benfeitorias da CBF, complacência dos credores e tudo o que podia desejar vindo da Presidência da República.Mas seu clube perdeu na bola.
E Andres provou que não sabe perder.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Olhar para frente

1. O futuro de Palmeiras e São Paulo é turbulento. Ambos passam por movimentados processos políticos, cujo final não está claro. Ambos lidam com reformas difíceis em seus estádios, na vã esperança de conseguirem uma sobrinha da Copa de 2014. Ambos têm dificuldades de receita, que não tendem a diminuir com uma temporada sem grandes atrações. Ambos têm times que precisam de peças de reposição, mas não contam com boas perspectivas. Mais provável perderem o que têm, sem conseguirem colocar nomes melhores no lugar. Uma dose de sorte (safra talentosa de garotos, um time operário que se encaixe bem) pode ocorrer, mas o mais provável, até o momento, é terem outra temporada no meio do caminho.

2. Tentar entender os caminhos do Corinthians é fazer uma reflexão sobre o ano de 2010. Para parte da torcida, há a frustração de nenhum título conquistado, diferentemente de 2009. Para outra parte, porém, o clube conseguiu se reafirmar como protagonista, gigante do futebol nacional, provando que a queda de 2007 foi um problema passageiro. Na Libertadores, foi o melhor da primeira fase e caiu mais por circunstâncias do campeonato (jogo pesado no Maracanã, gol fortuito no Pacaembu). No Brasileiro, a perda de pontos para times medianos custou o torneio. Mas disputou cabeça a cabeça o torneio inteiro. Para 2011, provavelmente não terá o cérebro Elias no meio. Roberto Carlos estará um ano mais velho (bom, todos estarão, mas o sentido desta frase é que para ele pode pesar mais). Ronaldo dificilmente fará uma temporada melhor (e esta não foi grandes coisas). William vai parar. Ralf e Jucilei também parecem ter propostas. Quais serão as peças de reposição? Como será o trabalho de Tite desde a pré-temporada? Há um grande ponto de interrogação pairando sobre o alvinegro.

3. A apresentação de Elano, a possibilidade da chegada de um grande zagueiro, a possibilidade de levar Ricardo Oliveira, a volta de Ganso, a chegada de Adilson Batista. As perspectivas são tão, mas tão boas para o Santos que numa dessas dá tudo errado. Mas não é essa a lógica.

4. O Fluminense campeão brasileiro precisará se reciclar. O time foi campeão, mas seu segundo turno foi muito ruim. Desgastado. Isso não desmerece o título que conquistou em campo, mas alerta para as perspectivas futuras. Agora, se mantiver Conca, percorre-se um bom caminho para seguir entre os protagonistas.

5. De mansinho, de mansinho, o Cruzeiro vai se preparando para uma nova safra, que pode ser de muitas conquistas. Oscilou durante boa parte do campeonato, até deslanchar na segunda fase do Brasileiro. Apesar da choradeira, faltou um algo mais a conquista do Brasileiro. Não esquecendo que Cuca é hoje o melhor montador de times do futebol brasileiro, as perspectivas são boas para o time mineiro.

6. O Inter disputa o seu segundo título mundial e pensar no futuro é um tanto oblíquo quando o que importa está a poucos dias de ser alcançado. Com o elenco que tem e como provou ter valor em 2010, o Inter terá no ano que vem apenas que se remontar, lidar melhor com as peças de reposição. Se seguir com a política deste ano (contratações efetivas, apoio da torcida, decisões corretas na hora certa), periga o Inter montar uma hegemonia sul-americana.

CAMPEÃO

Em 2009, intervalo do jogo entre Cruzeiro e Fluminense. O time carioca perdia por 2 a 0. O comentarista da rádio fez o que comentaristas de rádio costumam fazer de melhor: falou o óbvio. Que o Fluminense não era de nada, jogava uma bolinha de dar dó, que aquele jogo era mais do mesmo e que seu destino era a segunda divisão.
Sabe-se lá de onde, porém, o Fluminense tirou forças e virou aquela partida em pleno Mineirão. Raça, vontade. Entrega absurda. A virada empurrou o time. As vitórias, improváveis, se sucederam. O Fluminense estava destinado a cair. Mas ficou.
E a sobrevivência lhe deu o que havia faltado em 2009. Gana. Olhar para o alto. Espírito de grandeza. Contratações vieram. Falhas ocorreram. Problemas existem. Mas não retiram o fato de que o campeonato está nas mãos de quem mais o mereceu durante todo o ano.
Fluminense, legítimo campeão brasileiro.

sábado, 4 de dezembro de 2010

É, Muricy!

Se campeão brasileiro, qual o caminho mais provável da entrevista de Muricy?
Meus palpites:
* Dizer que trabalhou muito por este título;
* Reforçar a posição de vítima ao não assumir a seleção brasileira ("fiz algo doloroso, que poucos fariam, mas eu sou assim, cumpro meus contratos");
* Pedir desculpas por algo mínimo;
* Dar estocadas no São Paulo ("o futebol é assim, não adianta nada, eu posso ganhar três títulos seguidos e depois ser mandado embora").

Muricy tende a ignorar o fato de que seu estilo de jogo é manjado e que não consegue, mesmo com excelentes atletas, formar times que joguem bem e bonito.

Por outro lado, é excesso de crítica diminuir um treinador que ganhou moralmente o campeonato brasileiro de 2005, conquistou na bola os de 2006, 2007 e 2008 e está prestes a ser campeão novamente.

Abril despedaçado

As eleições presidenciais no São Paulo são em abril e até o momento não se sabe quais serão os candidatos de situação e de oposição. Isso num clube que até outro dia era considerado paradigma de administração.

Balança desregulada

Ok, o Corinthians ofereceu mala branca ao Guarani, aparentemente e a despeito do que diz o presidente Andres Sanchez.
Mas será que ninguém desconfia de que o Fluminense possa estar fazendo a mesma coisa? Ou o Cruzeiro?
Por que esta obsessão para com o time paulista, como se todos os demais fossem santos?

Quanto pior, melhor

De novo, a melhor informação de bastidor é trazida pelo jornalista Ricardo Perrone em seu blog. A demissão de Carlinhos Neves seria uma forma de o São Paulo constranger a CBF.
Os cartolas do Morumbi (na verdade, "o" cartola" do Morumbi) deve estar se achando genial. Após não ter vencido nada no ano e ter sido ultrapassado na escolha do estádio para o Mundial-2014, essa teria sua forma de se vingar.
Pois nem Carlinhos Neves deve ficar sem clube _ou seja, o São Paulo abre mão de um grande profissional e fortalece algum rival_, nem o São Paulo deve achar um preparador físico tão bom quanto ele.
Quem rirá por último desta história?
Aposto minhas fichas de que será a CBF.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

It´s the economy, stupid

Onde estão alguns dos melhores campeonatos de futebol do mundo? Onde estão alguns dos maiores craques do planeta bola? Na Espanha. Em Portugal. Na Inglaterra. Pois estes países todos foram eliminados na disputa, ontem, pela primazia de sedir uma Copa do Mundo.
Sob o falso argumento de que busca mercados emergentes, os delegados da Fifa (envoltos em um mar de suspeitas de corrupção) escolheram a Rússia e o Qatar. A Rússia tem quase nenhuma tradição no esporte _até porque sua prática é severamente restringida vários meses ao ano, por condições climáticas. O Qatar consegue ter menos ainda _também por problemas climáticos, só que inverso: muito calor.
São mercados que não empolgam. Provavelmente nunca o farão. Com raras exceções, os petrodólares destes mercados só conseguem atrair jogadores estrangeiros de pouca expressão. Não será a Copa a impulsionar um novo fanatismo. Assim como o Mundial não foi capaz de colocar os EUA na vitrine do mundo da bola depois de 94. Não o fará com a África do Sul.
Só os países "tradicionais" podem receber a Copa? Não, certamente que não. O Mundial é uma festa, que merece ser itinerante.
Mas isso não significa que esses devam ser automaticamente excluídos das disputas.
E talvez seja sintomática a forma de escolha da Fifa. Lugares com estruturas prontas (transporte, hospedagem, estádios) são sistematicamente descartados.
Para a Fifa e seus parceiros, parece interessar muito este modelo de negócio em que tudo precisa ser erguido do zero. E tome bilhões de dólares para lá e para cá.
Isso talvez ajude a entender o modo de operação no Brasil. Onde não se vê esforço nenhum para discutir os gargalos sérios, mas toda uma mobilização para excluir o Morumbi e construir, do nada, um estádio na zona Leste da cidade.
O que vale, afinal, é girar o capital.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Falha de comunicação

Então o São Paulo diz que seu preparador físico deve ser dispensado, porque não conseguiria conciliar a seleção com o clube. Mas outro profissional de fisioterapia pode fazer a dupla jornada. O mesmo clube que mandou embora Turíbio Leite.
As informações prestadas pelo clube do Morumbi para seu torcedor não são claras nem racionais.