terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conversinha

O diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez (salário estimado de R$ 70 mil mensais), teria que dar explicações públicas sobre seu comportamento _no mínimo inapropriado. Rememorando: o São Paulo fez uma consulta informal à CBF pela liberação do meia-atacante Lucas para disputar o clássico contra o Palmeiras no domingo. O jogador já estava servindo a seleção. Ouviu que não seria possível. Jogo jogado, seguiu adiante. Na sequência, a CBF liberou o zagueiro Dedé para disputar uma partida pelo Vasco no mesmo final de semana. O técnico Leão reclamou publicamente e ouviu como resposta que o São Paulo não havia feito um pedido "formal" _destacando que a palavra empenhada pela CBF não vale nada, tudo tem que ser formalizado e documentado. Leão foi adiante. Disse que alguém da CBF havia sugerido que Lucas forçasse o terceiro cartão amarelo no jogo anterior ao do Palmeiras (Bragantino). Assim, não haveria polêmica. Estaria automaticamente excluído da rodada. Andres ameaçou processar o treinador do São Paulo, disse que ele teria que provar o que falou e isso e aquilo. Pois bem. Ontem, voltou atrás. Disse que não chamou Leão de mentiroso. Ora, bolas. Se não chamou, significa que alguém da CBF efetivamente sugeriu um comportamento antiesportivo ao jogador do São Paulo, prejudicando o clube que paga seus salários rigorosamente em dia. Quem fez isso? Quem fez tem que ser demitido, como o próprio Andres disse que faria. A CBF é uma entidade envolta em diversas polêmicas, suspeita de negócios escusos, com um presidente escuso. Agora, tem um diretor que ficou notório pela sua passagem como presidente do Corinthians em que a transparência não foi seu forte _e a verborragia ficou conhecida. Andres leva para a CBF a sanha de tentar aniquilar o São Paulo. Isso é problema dele. Mas ele tem a obrigação de explicar agora o que ontem tentava desmentir. Caso contrário, tinha que ser colocado no olho da rua.