sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

É, Muricy

De todas as respostas dadas pelo treinador palmeirense ao G1, uma chama especialmente a atenção:
"Não me incomodo porque as pessoas que falam de futebol são muito burras. Não analisam, não veem a minha carreira. Ganhei muito mais mata-mata do que pontos corridos. Mas as pessoas não buscam a história. Meu primeiro campeonato foi a Conmebol, um mata-mata. Na China, no Pernambucano (Náutico), no Gaúcho (Internacional) e no Paulista (São Caetano) também. Eles falam que existem especialistas, mas quais são os últimos campeões da Libertadores? Repetiu alguém? É duro ouvir isso! O mata-mata é o imponderável, depende de sorte. Campeonato difícil de ganhar é o Brasileiro. Esse sim é f...! Porque são seis meses, depende de planejamento, tem de ter pensamento forte para manter o time na linha."

Essa é a síntese do treinador. Usa sempre o que lhe é conveniente. No ano passado, seu discurso era o de que já tinha Brasileiro demais e queria ganhar uma Libertadores. Não conseguiu, teve desempenho pífio.
Ou seja, resumindo o jeito de Muricy pensar:
1. Quem ganha o Brasileiro é bom, quem ganha Libertadores é sortudo;
2. Um monte de mata-mata de campeonato estadual equivale a mata-mata da Copa do Brasil ou da Libertadores, é tudo a mesma coisa;
3. Copa do Mundo também deve ser um evento de sorte, porque é mata-mata, portanto o Brasil não tem um dos melhores times do mundo na história;
4. Torcedor do Palmeiras: se nem Brasileiro conseguiu-se ganhar, imagine a Copa do Brasil;
5. Quem ousar discordar destas palavras é burro (palavras dele).

Telê Santana ganhou e perdeu pontos corridos e mata-mata e era considerado mestre por Muricy. Ele podia ter aprendido um pouco mais.

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