sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Roth, herói ou vilão

Quando a Copa do Mundo impôs uma pausa no calendário futebolístico, os colorados respiraram aliviados. O time estava recheado de bons jogadores, mas capenga. Dizia-se que os comandados não entendiam o técnico Fossati, pelo fato de ele ser estrangeiro. Naquele momento, a sensação (e era só isso, pois nunca saberemos) era a de que, fosse feito o confronto com o São Paulo, o time paulista chegaria até facilmente à sua sétima edição.
Após a Copa, o Inter fez quatro jogos pela Libertadores. Três vitórias e uma derrota. Ganhou do São Paulo pelo placar agregado. Apareceram aqueles que diziam que toda a diferença do mundo estava em Celso Roth. O treinador teria dado um choque no time, teria feito a diferença. Sim, até aqui frequentou-se a tese de que uma mexida no comando técnico havia feito bem ao Inter _e cobrada coragem semelhante à diretoria tricolor, que na época demorou para mexer no claudicante Ricardo Gomes (detalhe: pouco depois, colocou um semitreinador em seu lugar).
Verdade seja dita. Por mais méritos que Roth possa ter tido _e teve_, não foi só dele aquela vitória. Foi da circunstância. Foi do fato de o Sâo Paulo ter sido um time covarde, de a bola ter desviado em um jogador antes de entrar no gol do Rogério, de o time mexicano na final ter sido muito fraco...
Mas não podem os que endeuseram Roth agora o criticar como se fosse culpado único pela derrota em Dubai. Não é.
E, se for, se ele é um treinador inepto, que teve quatro meses para preparar o time e não conseguiu, então faltou agora ao Inter a mesma coragem que teve no meio do ano de identificar o problema e tentar saná-lo.

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