terça-feira, 19 de abril de 2011

A vítima Rivaldo

Rivaldo diz que não é marqueteiro. Mas é sim. Porque todos são. Todos somos. E o marketing de Rivaldo é dizer que não é marqueteiro. Não teve festa de despedida na seleção? É porque não sabe se vender, porque não é do Rio, porque isso e porque aquilo.
Talvez se lembre que poucos jogadores tiveram despedida da seleção. Talvez possamos contar no dedo. De cabeça, fica fácil lembrar a do Zico, a do Romário e a de Parreira. Rivelino teve? Tostão deve? Não devem ter tidos e foram geniais e decisivos para títulos mundiais.
Hoje, Rivaldo deu entrevista e diz que está jogando pouco porque foi indicado por Rogério Ceni e não por Carpegiani.
O tipo de declaração que deve ser entendida como a de alguém que quer ou bem impor seu lugar na base da marra ou bem quer cavar sua saída do clube. Qualquer que seja a opção, não parece boa para o clube.
Talvez Rivaldo devesse ver que estar na reserva tem a ver com o fato de ele não conseguir correr, de suas pernas não acompanharem seu raciocinio e de que tem feito partidas medíocres por um São Paulo que, se não é brilhante, achou um jeito de jogar baseado em muita velocidade, muita correria.
A esta altura do campeonato, o melhor marketing para Rivaldo talvez fosse o de preservar o gigante que ele foi no futebol.
E que não é mais.

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