segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dissecando Felipão

Luiz Felipe Scolari é um mestre. Leitor tático como poucos, motivador como quase ninguém no futebol e um dos que mais usam a inteligência emocional a seu favor. O Brasil dificilmente teria conquistado o título de 2002 não fosse pela presença dele no banco _a aposta em Ronaldo, o espaço dado a Rivaldo, a colocação de Edmilson na zaga, a ascensão dos volantes (Kleberson e Gilberto Silva) ao longo da competição.
O trabalho de Felipão à frente do Palmeiras é fantástico. Perdeu apenas duas partidas na temporada. Um jogo parelho com o Corinthians e a partida contra a Ponte Preta, em que o time alviverde parecia ter pouco apetite pela vitória.
O caminho na Copa do Brasil tem sido sem sustos, com uma ajuda amiga da tabela. O primeiro grande duelo será contra o Coritiba.
Ciente de que deve usar sempre o regulamento em seu próprio benefício, Felipão não vociferou contra as suas aparentes contradições. Afinal, para ele importava muito que o Palmeiras jogasse mais para pegar conjunto e adquirir confiança. Principalmente contra times fracos, mas numa aura de competitividade. Agora, enfrenta o Mirassol, depois pode se vingar do Corinthians (que é, dos quatro grandes, o mais imprevisível neste momento) e pode decidir o título.
Felipão não aceita que desmereçam um campeonato que ele pode vencer. A medida que o Palmeiras foi avançando, as cornetas foram diminuindo. Hoje não se fala mais nos R$ 700 mil que ele ganha, nem na ausência de bons nomes no elenco, nem em nada.
E não será Felipão que vai minimizar este bom momento. Nem aceita que os outros o façam.

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