quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Vila ferve

A demissão do técnico Dorival Junior é um daqueles acontecimentos jornalísticos únicos. Treinador demitido é a coisa mais normal do mundo. Não alguém que estivesse fazendo um bom trabalho, com resultados (nos últimos dois anos, o técnico foi campeão brasileiro da Série B com o Vasco e do Paulista e da Copa do Brasil com o Santos). A quem acha que esses torneios são paralelos ou menores, pode-se argumentar que foram estes exatos títulos que pavimentaram o caminho de Mano Menezes para a seleção.
Dorival foi o responsável pela formação deste time do Santos. Um ano atrás, Ganso era uma promessa que perdia dois pênaltis no Maracanã. Neymar era o filé de borboleta que alternava titularidade e reserva. Hoje, têm a badalação que têm.
Mas dizer que isso seria uma injustiça talvez seja simplificar demais.
A leitura de diversos blogs (Ricardo Perrone/UOL, Victor Birner/Lance, Juca Kfouri/UOL, G1) e jornais permite colocar algumas questões de difícil resposta:
1. Dorival foi firme ou intransigente?
2. O técnico estava preservando o clube e seu patrimônio, ao dar uma diretriz para Neymar, ou depreciando os dois?
3. Mais vale um jogador indisciplinado e bom em campo do que potencializar o risco de perder dois ou três pontos?
4. Qual é o recado que a diretoria passa aos jogadores e qual é o perfil do treinador que se pretende ter no futuro?
5. Dorival foi conivente com Neymar quando o problema era com os outros e só doeu quando sentiu o problema na pele?

Nenhum comentário:

Postar um comentário