Ver Sebastian Vettel campeão da F-1, um final de semana após assistir ao documentário "Senna", é acreditar que de vez em quando, e só de vez em quando, os deuses do esporte, ou destino, ou seja como lá como queiram chamar, agem de maneira correta.
Pois a Ferrari queria ensinar a todos o que é o mundo do esporte. Que o que vale é ganhar a qualquer custo e que se engana quem pensa que o mundo é diferente.
Os comentaristas de F-1 mesmo, todos, fingiam adorar esta história de independência da RBR, mas se escudavam nos mesmos argumentos econômicos e financeiros. Seriam os primeiros a atirar pedras disfarçadas na vidraça da escuderia e a dizer que, ao não privilegiar ninguém, a equipe jogou por ar um campeonato fácil. Alonso teria fama de estrategista. A Ferrari, de calculista.
Pois Vettel colocou as coisas em seu devido lugar. Arrojado, lutou pela vitória. Perdeu pontos pelo caminho, mas não abaixou a cabeça. Como ensinava Senna, se você está num esporte é para tentar vencer. Sempre. O resto é consequência.
Seu título mundial é uma consequência.
Sem manchas, sem nódulos, sem concessões, sem perguntas incômodas.
Como seria bom se isso fosse possível em outros esportes.
domingo, 14 de novembro de 2010
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