terça-feira, 9 de novembro de 2010

Piada

É inacreditável. Um estelionato.
Durante a campanha eleitoral, os candidatos fugiram do tema CPMF como o diabo foge da cruz. No primeiro dia pós-eleição, governadores e presidente eleita já começam a fazer a cama para a volta do tributo. Com o frágil argumento de que é preciso sacríficio em nome do social. A mão que gasta de maneira desenfreada com pessoal, com subsídios escusos é a mesma que pede mais dinheiro ao já sufocado contribuinte, que não consegue escapar dos impostos e ainda tem que arcar com despesas privadas de educação e saúde e com um falido sistema de segurança pública.
Este mesmo cenário de faz-de-conta contaminou o ambiente ontem no lançamento do Itaquerão, Fielzão ou qualquer que seja o nome do novo estádio do Corinthians.
Um clube que está sob investigação do Ministério Público sob suspeita de lavagem de dinheiro. Cujas ligações com fundos internacionais é vista como suspeita. Um clube que é um dos maiores devedores do INSS.
Uma empreiteira que multiplicou seus valores com obras no governo federal diz que vai tomar empréstimos e erguer um estádio. Não diz como vai receber o dinheiro de volta. Tenta enganar a opinião pública afirmando que será com exploração de camarotes e naming rights. Olhe para os exemplos no Brasil. È conversa para boi dormir.
Agora, o estádio é escolhido para ser a abertura da Copa. Projeto mal existe. Dinheiro, dizem todos, não há. Mesmo assim, é escolhido.
Por muito menos, o Morumbi foi preterido. Do São Paulo, desconfiaram da capacidade de pagamento (embora já tivessem um bem físico para dar como colateral). Visualizaram a reforma e não a aprovaram, ao contrário de uma maquete corinthiana.
É um teatro. Ridículo. E retratado de forma acritica e despolitizada pelos meios de comunicação.
O contribuinte merecia mais. Inclusive o corinthiano.

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