Leio pelo sempre bem informado Ricardo Perrone que Juvenal Juvêncio teria incumbido a nova diretoria do São Paulo de blindar Paulo César Carpegiani. Um cuidado que o próprio presidente ilegítimo do São Paulo não tivera após o jogo com o Avaí.
Carpegiani não é o culpado único por todos os males que assola o São Paulo. Seria injusto. Vale lembrar que Muricy Ramalho foi responsabilizado pelo declínio tricolor (por este que vos escreve, inclusive), embora não fosse perceptível que era o contrário: Muricy ajudou a alongar artificialmente um momento de glória que começou em 2005 e seguiu por 2006 e 2007.
Também resta recordar que Ricardo Gomes deixou o Morumbi sendo acusado, pelas costas, de nem sequer ter postura de profissional de futebol. O técnico é hoje campeão da Copa do Brasil. O São Paulo não chegou às semifinais.
Mas Carpegiani tem sua parcela de culpa que não pode ser minimizada. Demora a mexer na equipe, é indeciso, muitas vezes incoerente.
Mesmo o melhor técnico do mundo, porém, não conseguiria extrair muito deste time, com os ineficientes Dagoberto e Fernandinho na frente e um monte de garotos atrás.
A diretoria dispensa medalhões, por querer fazer um time de garotos, mas mantém Rivaldo. Se assim o faz é por achar que este é um jogador que tem algo a oferecer _mas se cala diante da sua não-utilização.
São muitos os problemas do São Paulo.
E as soluções parecem muito distantes do Morumbi.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
RODADA #6
A VITÓRIA - Sem sombra de dúvida, a inapelável goleada do Corinthians sobre o São Paulo. O Corinthians tem o melhor índice de aproveitamento de pontos, não perdeu no campeonato e enfrentou uma largada para lá de complicada. Com sua defesa bem postada, com o ótimo Ralf no meio, com Danilo jogando o fino da bola, com Liedson solto no ataque e prestes a ter os reforços de Renan (gol), Alex (meia) e, mais adiante, Adriano (ataque), o Corinthians se credencia como melhor time neste início de torneio.
A SURPRESA POSITIVA - Não exatamente uma surpresa, mas o bom desempenho do Internacional contra o Figueirense (time acertado) o coloca de volta na trilha dos que irão disputar para valer o Brasileiro.
A SURPRESA NEGATIVA - A queda do São Paulo, da forma como aconteceu, e o desempenho do Atlético-PR, que não consegue mais causar sustos nem dentro de casa.
O CRAQUE - Danilo foi o nome da rodada.
A SURPRESA POSITIVA - Não exatamente uma surpresa, mas o bom desempenho do Internacional contra o Figueirense (time acertado) o coloca de volta na trilha dos que irão disputar para valer o Brasileiro.
A SURPRESA NEGATIVA - A queda do São Paulo, da forma como aconteceu, e o desempenho do Atlético-PR, que não consegue mais causar sustos nem dentro de casa.
O CRAQUE - Danilo foi o nome da rodada.
terça-feira, 21 de junho de 2011
ÀS URNAS, ELEITORES
Este é um daqueles momentos definidores de um País. Do País que o Brasil quer ser. Há uma série de mecanismos em curso, inclusive o de deliberadamente confundir a opinião pública, para aprovar a sangria de recursos públicos em nome de um "bem maior": a realização da Copa do Mundo.
Os deputados federais já aprovaram e os senadores ainda apreciarão a polêmica medida que permite ao governo federal ocultar as despesas públicas em obras para o Mundial.
Os vereadores de São Paulo estão para votar (e devem aprovar) uma renúncia fiscal de R$ 420 milhões para construir um estádio privado _meu, seu, nosso dinheiro, em uma cidade corroída pela sujeira e por falta de creche, hospital, escola e transporte de qualidade. O prefeito de Sâo Paulo, que se dá nota dez, fecha os olhos para tudo isso.
O governador tucano de São Paulo anuncia que as condições financeiras para a construção do estádio privado estão próximas de serem destravadas.
O Ministério Pùblico cruza os braços sobre as diversas denúncias de corrupção e de arrepio à lei, algumas transmitidas em cadeia nacional de televisão (a Rede Record, por exemplo, mostrou que o ex e o atual mandatários de um grande clube de Sâo Paulo combinaram seus depoimentos à Polícia Federal).
O governo federal se cala sobre as denúncias de corrupção envolvendo o comitê organizador da Copa, como se nada tivesse com isso.
E a população brasileira assiste calada e impassível a esta farra. Incapaz de sequer se perguntar: a quais interesses atendem estes movimentos?
Aos cidadãos de bem, restam as urnas.
Os deputados federais já aprovaram e os senadores ainda apreciarão a polêmica medida que permite ao governo federal ocultar as despesas públicas em obras para o Mundial.
Os vereadores de São Paulo estão para votar (e devem aprovar) uma renúncia fiscal de R$ 420 milhões para construir um estádio privado _meu, seu, nosso dinheiro, em uma cidade corroída pela sujeira e por falta de creche, hospital, escola e transporte de qualidade. O prefeito de Sâo Paulo, que se dá nota dez, fecha os olhos para tudo isso.
O governador tucano de São Paulo anuncia que as condições financeiras para a construção do estádio privado estão próximas de serem destravadas.
O Ministério Pùblico cruza os braços sobre as diversas denúncias de corrupção e de arrepio à lei, algumas transmitidas em cadeia nacional de televisão (a Rede Record, por exemplo, mostrou que o ex e o atual mandatários de um grande clube de Sâo Paulo combinaram seus depoimentos à Polícia Federal).
O governo federal se cala sobre as denúncias de corrupção envolvendo o comitê organizador da Copa, como se nada tivesse com isso.
E a população brasileira assiste calada e impassível a esta farra. Incapaz de sequer se perguntar: a quais interesses atendem estes movimentos?
Aos cidadãos de bem, restam as urnas.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
RODADA #5
A VITÓRIA - O massacre do Palmeiras merece destaque. O adversário parecia fraco? Pois foi semifinalista da Copa do Brasil outro dia mesmo. Com um futebol compacto e objetivo, a equipe ocupa a vice-liderança do Brasileirão. Verdade seja dita: com exceção dos 6 a 0 em Curitiba, o Palmeiras tem sido a equipe mais estável deste ano.
A SURPRESA POSITIVA - O atual campeão brasileiro levou um baile de futebol no Rio de Janeiro. Quem ler o resultado do jogo como a de um gol achado pelo Bahia no final da partida provavelmente não terá a dimensão do que foi efetivamente. Com jogadores experientes e o bom Rene Simões no banco, o Bahia pode até ousar por algo a mais no Brasileiro.
A SURPRESA NEGATIVA - Poderia ser o Cruzeiro, poderia ser o Fluminense (grandes decepções), poderia ser o futebol errático do Flamengo, mas negativo mesmo é o campeonato estar na quinta rodada apenas e o asterisco já fazer parte das projeções dos torcedores.
O CRAQUE - Não fosse por ele, o São Paulo não estaria onde está. Por onde se olhe, Rogério Ceni é o craque da rodada.
A SURPRESA POSITIVA - O atual campeão brasileiro levou um baile de futebol no Rio de Janeiro. Quem ler o resultado do jogo como a de um gol achado pelo Bahia no final da partida provavelmente não terá a dimensão do que foi efetivamente. Com jogadores experientes e o bom Rene Simões no banco, o Bahia pode até ousar por algo a mais no Brasileiro.
A SURPRESA NEGATIVA - Poderia ser o Cruzeiro, poderia ser o Fluminense (grandes decepções), poderia ser o futebol errático do Flamengo, mas negativo mesmo é o campeonato estar na quinta rodada apenas e o asterisco já fazer parte das projeções dos torcedores.
O CRAQUE - Não fosse por ele, o São Paulo não estaria onde está. Por onde se olhe, Rogério Ceni é o craque da rodada.
terça-feira, 14 de junho de 2011
RODADA #4
A VITÓRIA - Pelo futebol (ou pela aparente afirmação do futebol), a do São Paulo sobre o Grêmio. Pelo resultado, a do Botafogo sobre o Coritiba. Pela facilidade, a do Corinthians sobre o Fluminense.
A SURPRESA POSITIVA - O bom futebol desempenhado pelo Botafogo. Embora o Coritiba, aparentemente, esteja ainda sofrendo reflexos da derrota na final da Copa do Brasil, era (talvez seja) a grande surpresa do futebol brasileiro no primeiro semestre _e não foi páreo para o time fluminense.
A SURPRESA NEGATIVA - O Cruzeiro não conseguir ganhar dos reservas do Santos (aliás, o time mineiro não ganha de ninguém) pode ser considerada uma zebra. Mas no conjunto, por enquanto, decepção atende pelo nome de Atlético-PR _conseguiu fazer um gol e um ponto.
O CRAQUE - Wellington do São Paulo vem dando (não significa que continuará, todavia) consistência a um meio-de-campo que até poucos dias atrás era muito fraco de pegada.
Jogou uma enormidade.
A SURPRESA POSITIVA - O bom futebol desempenhado pelo Botafogo. Embora o Coritiba, aparentemente, esteja ainda sofrendo reflexos da derrota na final da Copa do Brasil, era (talvez seja) a grande surpresa do futebol brasileiro no primeiro semestre _e não foi páreo para o time fluminense.
A SURPRESA NEGATIVA - O Cruzeiro não conseguir ganhar dos reservas do Santos (aliás, o time mineiro não ganha de ninguém) pode ser considerada uma zebra. Mas no conjunto, por enquanto, decepção atende pelo nome de Atlético-PR _conseguiu fazer um gol e um ponto.
O CRAQUE - Wellington do São Paulo vem dando (não significa que continuará, todavia) consistência a um meio-de-campo que até poucos dias atrás era muito fraco de pegada.
Jogou uma enormidade.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
JUSTO OU INJUSTO?
Não dá para dizer, nem sequer insinuar, que a conquista da Copa do Brasil pelo Vasco tenha sido injusta. Seria demais. Um time que destroça o Náutico em Recife, passeia por cima do Avaí (o mesmo time que criou uma baita crise no Morumbi) e que marca duas vezes no Couto Pereira não pode ter sua conquista diminuída. Ainda mais se este time começou o ano de maneira tão contida quanto o Vasco.
Mas não dá também para fechar os olhos ao fato de que as finais foram muito próximas. O Vasco fez três gols, o Coritiba fez três.
A diferença é a quantidade de gols anotados fora de casa.
Isso influencia demais na dinâmica do jogo. A regra é essa e o Vasco jogou com o regulamento debaixo do braço. Mas essa lei deveria ser revista, para aumentar o dinamismo das partidas e a justiça dos resultados.
Mas não dá também para fechar os olhos ao fato de que as finais foram muito próximas. O Vasco fez três gols, o Coritiba fez três.
A diferença é a quantidade de gols anotados fora de casa.
Isso influencia demais na dinâmica do jogo. A regra é essa e o Vasco jogou com o regulamento debaixo do braço. Mas essa lei deveria ser revista, para aumentar o dinamismo das partidas e a justiça dos resultados.
RODADA #3
A VITÓRIA - Incontestavelmente, a do São Paulo, que fechou a rodada na quarta-feira. Jogando fora de casa, contra um bom time, suportando uma pressão danada, conseguiu consolidar três pontos e um começo de campeonato impecável. A torcida não deve se iludir: o time tem muitas deficiências e poucas peças de reposição. Com a ida de jogadores para as seleções (sub-20 e principal), o time irá sofrer bastante. Até por isso, esse acúmulo de pontos se mostrará providencial.
A SURPRESA POSITIVA - O bom futebol e os dois gols do santista Borges. Embora a prioridade do Santos seja a Libertadores (competição na qual está com quatro dedos na taça), a equipe dá demonstração de que tem elenco para disputar o título.
A SURPRESA NEGATIVA - O mau futebol do Flamengo e do Corinthians. Apesar de estarem somando pontos, fizeram um jogo de poucas alternativas, onde o que valeu mesmo foi a despedida a Petkovic.
O CRAQUE DA RODADA - Não foi craque, mas mostrou a que veio: Borges.
A SURPRESA POSITIVA - O bom futebol e os dois gols do santista Borges. Embora a prioridade do Santos seja a Libertadores (competição na qual está com quatro dedos na taça), a equipe dá demonstração de que tem elenco para disputar o título.
A SURPRESA NEGATIVA - O mau futebol do Flamengo e do Corinthians. Apesar de estarem somando pontos, fizeram um jogo de poucas alternativas, onde o que valeu mesmo foi a despedida a Petkovic.
O CRAQUE DA RODADA - Não foi craque, mas mostrou a que veio: Borges.
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