terça-feira, 21 de junho de 2011

ÀS URNAS, ELEITORES

Este é um daqueles momentos definidores de um País. Do País que o Brasil quer ser. Há uma série de mecanismos em curso, inclusive o de deliberadamente confundir a opinião pública, para aprovar a sangria de recursos públicos em nome de um "bem maior": a realização da Copa do Mundo.

Os deputados federais já aprovaram e os senadores ainda apreciarão a polêmica medida que permite ao governo federal ocultar as despesas públicas em obras para o Mundial.

Os vereadores de São Paulo estão para votar (e devem aprovar) uma renúncia fiscal de R$ 420 milhões para construir um estádio privado _meu, seu, nosso dinheiro, em uma cidade corroída pela sujeira e por falta de creche, hospital, escola e transporte de qualidade. O prefeito de Sâo Paulo, que se dá nota dez, fecha os olhos para tudo isso.

O governador tucano de São Paulo anuncia que as condições financeiras para a construção do estádio privado estão próximas de serem destravadas.

O Ministério Pùblico cruza os braços sobre as diversas denúncias de corrupção e de arrepio à lei, algumas transmitidas em cadeia nacional de televisão (a Rede Record, por exemplo, mostrou que o ex e o atual mandatários de um grande clube de Sâo Paulo combinaram seus depoimentos à Polícia Federal).

O governo federal se cala sobre as denúncias de corrupção envolvendo o comitê organizador da Copa, como se nada tivesse com isso.

E a população brasileira assiste calada e impassível a esta farra. Incapaz de sequer se perguntar: a quais interesses atendem estes movimentos?

Aos cidadãos de bem, restam as urnas.

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