domingo, 28 de março de 2010

Cenário hipotético

São Paulo colocou uma equipe mista para jogar com o Bragantino. Perdeu.
Colocou uma equipe titular para jogar com o Corinthians. Perdeu.
Viaja agora para o México. Com os reservas sem moral e com os titulares desgastados (se é que existe tal divisão no elenco do indeciso e claudicante treinador). Se perder para o Monterey, do México, pode nem se classificar para a segunda fase da Libertadores.
Resta perguntar à diretoria: cadê o planejamento, mesmo?

Empregando bem o dinheiro

Juvenal Juvêncio, que em entrevista recente se glorificou de ter batido a porta do clube na face do atacante Adriano (o mesmo que deu um título brasileiro ao Flamengo), poderia agora tentar responder por que saiu assinando cheques para contratar volantes (Léo Lima, Carlinhos Paraíba, Cleber Santana, Rodrigo Souto), uma posição em que o São Paulo não tinha carência, e não contratou nem sequer um meia. O camisa dez Danilo, no chute no ângulo de Rogério, faz lembrar que melhor do que destruir é contruir.

Oscar de coadjuvante

Tudo na vida, no mundo, é questão de referência. O ouro só vale o que vale por ser raro _sua ausência acaba conferindo distinção a quem o detém. O mesmo time do Corinthians, execrado pela própria torcida na quarta-feira, é agora glorificado. O que mudou? Ronaldo fez uma partida histórica? Roberto Carlos está jogando o fino da bola? O meio de campo voltou a ser criativo? A equipe voltou a ser combativa? Nada disso. Apenas foi dada uma referência.
Assim como no ano passado o São Paulo deu ao Corinthians a moral que o clube, récem egresso da Série B, precisava para ganhar o Paulista e a Copa do Brasil, neste ano o clube do Morumbi parece ter fornecido a chama que o arqui-rival ainda não tinha visto insuflar e que pode levá-lo a ficar entre os quatros do Paulista e refazer a comunhão equipe-torcida necessária para a conquista da Libertadores _principal desejo confesso da equipe do Parque São Jorge.

Em ilustre memória

Não. Muricy não foi demitido do São Paulo ao perder de 2 a 0, em casa, pela Libertadores da América. Ele foi demitido porque o ciclo havia se encerrado. Não havia saída nem perspectiva. Nem Muricy ficou menor como treinador (pelo contrário, sua passagem pelo Morumbi o engrandeceu e lhe concedeu dimensão nacional, o que não constava em sua prateleira de troféus), nem o São Paulo se diminuiu como clube (ele sobreviverá, sempre, como a rigor todos os grandes o fazem). A entrevista concedida por Ricardo Gomes, hoje, após o clássico contra o Corinthians externa o que é óbvio: seu ciclo já se encerrou. Ricardo não consegue. Não consegue extrair mais do time. Dar padrão tático. Dizer o que quer e como quer. Posicionar corretamente os jogadores. Não consegue ganhar um clássico, nem um jogo decisivo. É claro, simples e objetivo: quando um técnico usa de justificativas, argumentação, culpa o destino, o azar, é porque não consegue dar uma resposta racional _ou porque ela não exista ou porque ela seja difícil de encarar.
O São Paulo tomou quatro gols de falhas da defesa.
O São Paulo não conseguiu articular jogadas de meio de campo.
O São Paulo apresentou falhas.
O referido poder de reação da equipe é balela, posto que perdeu o jogo no último minuto.
O São Paulo, como sempre, perdeu no campo do adversário.
O São Paulo, como sempre, foi derrotado em um jogo decisivo.
Os tubos foram retirados. Agora resta esperar os médicos pronunciarem o óbito.

Fiasco tricolor; resposta corintiana

O São Paulo jogou ontem seu último clássico pela primeira fase do Paulista-2010. O resultado é humilhante para o time do Morumbi: ao ter sido derrotado por 4 a 3 pelo Corinthians, o Tricolor conseguiu perder todos os clássicos, visto que já havia caído diante de Santos, Palmeiras e ... Portuguesa!!!
É uma marca péssima para o técnico Ricardo Gomes em seu primeiro Paulista. Por mais que os clubes hoje insistam que "os estaduais não valem nada", um clube e, principalmente, sua torcida, vivem de resultados. Ou alguém acha que perder é melhor do que ganhar? Que o gostoso é chegar no trabalho segunda de manhã e ser atazanado pelo colega corintiano? Não, impossível. Os poucos esquisitos que se divertem com o fracasso devem torcer para o Ibis-PE.
Quanto ao Corinthians, mostrou ser um time maduro, como queria desde o início sua diretoria, um time que sabe conviver com a pressão e responder dentro de campo com vitórias. Tem tudo para fazer a melhor a Libertadores de sua história. Equanto isso, vai administrando o Paulista conforme suas necessidades imediatas. Se chegar até o quadrangular final, o que deve acontecer, tem grandes de chances de cumprir a profecia de Ronaldo ao ser derrotado pelo Santos: no final, a gente ganha.

E Beluzzo ameaça sair

Dizendo ser vítima de ameaças, que de maneira nenhuma podem ser compactuadas. Mas ele deveria ter entendido, longo tempo atrás, que é preciso muito cuidado no mundo do futebol. O homem que queria estapear juízes e matar os bambis (sic) deve entender que a violência no futebol as vezes se vira contra o criador, nem sempre contra a criatura.

Curto circuito

Empresário de Fernandão diz que o atacante ainda privilegia vir para o São Paulo, dias depois de um jornal cravar que ele acertou com o Palmeiras e um site de internet especular que ele iria voltar para o Inter. Em ocaso no Goiás, o atacante parece estar preocupado em não ter nenhuma porta de escape quando o seu contrato acabar, em dezembro. Pode ser que não termine em nenhum desses times.

Vai ou fica

Antonio Carlos Zago é um novo Dunga, que vai mostrar com o tempo que estava certo, ou é um velho Dunga, que vai demonstrando em jogos simples e atitudes corriqueiras que ainda está a anos luz de ser considerado um bom treinador?
Uma diferença: Dunga sempre pôde ter a disposição o jogador que bem entendesse, desde que fosse brasileiro nato. Zago não tem, nem de longe, esse privilégio.

Velho guerreiro

Ainda há grande frenesi em torno da figura mitológica de João Havelange. E naturalmente à medida que os anos passam ele passa a ter tratamento mais terno e suave, como em entrevista publicada hoje por um grande jornal de São Paulo. Vem-me a mente o caderno especial que este mesmo jornal publicou 11 anos atrás, de autoria dos jornalistas Mario Magalhães e João Carlos Assumpção, mostrando os bastidores da árdua tarefa de manter poder monolítico à frente da maior entidade do futebol mundial por tantos anos. Terno e suave não foram exatamente as marcas de Havelange para atingir tal feito.

Santo loteamento

O jornalista Milton Neves colocou em seu blog duas informações relevantes:
1. A atual dívida do Santos é de R$ 177 milhões
2. A lista dos proprietários dos passes dos jogadores santistas (reforçando a ideia de que a equipe hoje pertence a empresários e não ao clube).
Com a contratação de Robinho, a manutenção de Neymar e o crescimento de Ganso, a equipe santista é hoje a que dá mais alegrias ao seu torcedor no futebol brasileiro.
Infelizmente o poder decisório sobre a manutenção desta equipe não está nas mãos do próprio clube _ou seja, se os empresários quiserem, esta equipe nem sequer disputa o Brasileiro_ e ainda que todos sejam vendidos o torcedor nem terá o alívio de saber que pelo menos isso acarretou na diminuição dos encargos financeiros.

Fatos e versões

E o quebra-cabeça vai sendo montado.
* O diretor do Corinthians teve uma reunião com a diretoria do São Paulo para tratar do aluguel do Morumbi (mais espaço, mais conveniente) para jogos do alvinegro pela Libertadores. O clube são-paulino aceitou com uma condição: só na primeira fase. Medo de quebra-quebra em caso de uma eliminação. O presidente do Corinthians diz que não há esta hipótese. Mas não nega a conversa. Conversa de louco. Primeiro: o SP poderia alugar o estádio e impor um seguro. Segundo: um diretor do Corinthians vai conversar com o São Paulo sobre aluguel do estádio e o presidente não sabe? Terceiro: quando conveniente, os dirigentes fingem amnésia para não desdizer o conveniente discurso adotado para sua torcida _a organizada_, que lhe garante sustentação política.
O Corinthians não vai mandar seus jogos no Morumbi. Em caso de eliminação na Libertadores, terá que encarar o Pacaembu (e as memórias de 2006 ainda estão muito vivas). E o presidente do clube, que até se filiou a partido político mostrando saber jogar o jogo de ocasião, vai continuar mantendo um discurso para fora e outro para dentro.
Informações adicionais: o SP alega ter avisado os clubes de que, por razões contratuais, o Morumbi não poderia mais ser dividido de maneira igual nos clássicos em que tivesse o mando de jogo; isso não foi um problema para outras equipes; na questão do aliciamento de jogadores da base, a Justiça vem dando sistematicamente ganho de causa ao clube do Morumbi.

quinta-feira, 25 de março de 2010

São Paulo não será campeão da Libertadores

Pode ser. Mas desde que muita coisa mude.
Em 2005, a equipe começou o ano apenas mediana. Terminou o ano como campeã do mundo.
Mineiro, Josué, Cicinho e até Lugano eram jogadores vistos como mais do mesmo. Viraram heróis.
Luizão e Amoroso eram atletas associados a decadência. Conseguiram escrever seus nomes no panteão dos grandes craques tricolores.
O que aconteceu? Simples. Formou-se um time que jogou, jogou, jogou. Repetiu, treinou, enfrentou adversidades, ganhou corpo, estilo, coerência, se forjou nas dificuldades. O São Paulo que derrotou o River Plate nas semifinais da Libertadores aprendeu a não desistir quando virou uma partida impossível diante do São Caetano, pelo Paulista. O tricolor que eliminou o Palmeiras em duas partidas duríssimas foi o mesmo que bateu o Corinthians-MSI em um Morumbi lotado, com direito a defesa de pênalti por parte do Rogério Ceni. O clube que passou por cima do Tigres era o mesmo que matava os adversários nos campos do interior paulista. A equipe que conquistou a América teve que ter a humildade de se calibrar diante de adversários locais.
Montar um time, jogar junto e ter vontade de vencer são condições que se formam em determinado momento e dão resultado lá na frente. Hoje, o São Paulo faz tudo diferente. Pagará o preço mais dia menos dia.

X da questão

Pegue o time do Santos do ano passado e compare com o que o deste ano está fazendo.
Faça a mesma coisa com o time do Vasco.
E abra uma champanhe para comemorar o nascimento de um grande treinador.

Caldeirão

Uma coisa é chegar ao clube com status de ídolo mundial, fazer seus gols e, numa equipe bem postada, chegar aos títulos. Isso até abre espaço para juras de amor e promessas de aposentadoria no clube de que mais gostou. Tudo é festa, a vida é boa, os adversários são fracos, a expectativa era pequena.
Outra coisa é a chapa fervendo. A torcida quer a Libertadores, e Ronaldo terá que entregar. O que está acontecendo agora é apenas o começo de uma grande pressão a que o time será submetido até o fim do torneio continental. Ronaldo disse ter as costas largas e o dedo médio grande. Aguardem a resposta para os próximos dias. Poderá vir na forma de gols (não seria surpresa) ou desleixo (uma vez que seu sonho de ir a Copa foi sepultado de vez).

Queriam o quê?

O mal do Palmeiras foi acreditar que tinha um supertime, estruturado em Diego Souza, Pierre e Cleiton Xavier. São bons jogadores, não fora de série. Aliás, estupendo nenhum jogador do Palmeiras é. Desde 2009, a equipe alterna bons e maus momentos. Houve fase em que os bons superavam os ruins e o Palmeiras ia. Agora, a balança parece desnivelada. O Palmeiras tem surtos de equipe grande, a ver a espetacular performance diante do Santos. Mas não consegue ser mais do que isso. Falta talento, faltam peças de reposição, falta treinamento. O Palmeiras tem um limite e ele foi achado muito cedo. Aos palmeirenses, um consolo. Com exceção do Santos, nenhum outro time do futebol brasileiro está especialmente brilhante. Como os que parecem um pouquinho melhor ainda estão na disputa da Libertadores, a equipe alviverde tem uma chance não desprezível de seguir adiante na Copa do Brasil, a competição que realmente vale para os palmeirenses neste primeiro semestre.

Faltou combinar com os russos

Diz a lenda (porque ninguém prova a veracidade) que certa feita um treinador da seleção brasileira combinou a melhor forma de derrotar os adversários. Bastaria Garrincha driblar um, dois, três, quantos fossem necessários, e fazer o gol. Ao que o cândido personagem respondeu: mas já combinamos com os russos?
O Sâo Paulo havia feito um planejamento, que passava pela vitória sobre o Bragantino, menor responsabilidade diante do Corinthians e viagem para o jogo que vale, diante do Monterrey, no México.
Aviso importante: se não ganhar do time mexicano, o São Paulo corre sério risco de não se classificar para a segunda fase da Libertadores, o campeonato que lhe rende prestígio, dinheiro e permite "abafar as crises".
O tal planejamento só não deu certo por uma razão: não combinaram com o adversário. O Bragantino, time absolutamente mediano, que não tinha nada a ver com isso, aproveitou e tascou 1 a 0 no clube paulista.
A equipe tricolor parece meter os pés pelas mãos. Não consegue manter um esquema tático, não consegue dar um padrão para a equipe, não consegue repetir escalação, não prioriza de fato nenhuma competição, não consegue evoluir. Carrega para o CT uma crise desnecessária. Se ganhar as próximas duas partidas, tudo será perdoado no Morumbi. Se perder as duas, arrisco dizer que a cabeça do treinador será colocada precocemente a prêmio _e, diferentemente da era Muricy, com chances de se concretizar.

sábado, 20 de março de 2010

Genial

A invasão da torcida colorada na Libertadores. Deu em praticamente nada, mas foi bonita.

CQC

E Parreira, o homem que aceitou atacantes com peso na casa dos três dígitos, também acha, como este blog, que vão discutir mais a lista dos sete "reservas" que a dos 23 convocados para a seleção brasileira.

Na gaveta

Como ganhou de 4 a 0 do Remo, ninguém do Santos reclamou da arbitragem ou denunciou suposto complô contra os jogadores. Até a próxima derrota.

Direitos e deveres

Então o São Paulo não está pagando o chamado "bicho" (premiação em caso de vitória). Não pagou depois de duas vitórias do Paulisteca, não tirou dinheiro do bolso depois da apresentação considerada apática contra o fraco Nacional, no Paraguai, quando Rogério Ceni fez um milagre ao final do primeiro tempo, assegurando caminho para a vitória de 2 a 0. Não estamos falando que os salários estão atrasados ou coisa do gênero. Apenas que uma premiação "por fora", cujos critérios, a bem da verdade, ninguém conhece, não está sendo paga. É lógico que tem jogador insatisfeito, que vaza isso para a imprensa dentro do próprio clube ou para os colegas de clubes rivais. Mas daí um jornalão de São Paulo já insinua que o clube estaria com dificuldades de caixa, por isso não paga. Insinua. Não prova, não apura. Na véspera de assinar um contrato de patrocínio de R$ 40 milhões, em meio a disputa da Libertadores, travando um corpo-a-corpo como nenhum outro clube com a Fifa para garantir seu estádio na Copa, o clube do Morumbi é um prato feito para as maledicências do momento.

terça-feira, 16 de março de 2010

Brincadeira?

Rádio Transamérica, há pouco, aventava possibilidade de Muricy voltar ao São Paulo. Informação, barriga ou balão de ensaio? É fato que o treinador está misteriosamente quieto e parado, para quem anunciava ter sempre propostas e mais propostas a dispensar, em nome de manter-se fiel a seus empregadores.

domingo, 14 de março de 2010

Murcho

O treinador do Santos deu uma confusa entrevista coletiva após a derrota para o Palmeiras. Basicamente ele defendeu seu time e disse que a culpa era da arbitragem, que não teria coibido uma espécie de antijogo palmeirense. Foi além e disse que havia uma espécie de complô contra o Santos, articulado a partir do ocorrido contra o Corinthians.
Contra o Corinthians, o Santos ganhou, sem brilho, e foi acusado de menosprezar o adversário. Mesma acusação de hoje. Após o segundo gol, os jogadores santistas fizeram uma dancinha muito mal digerida pelos adversários, que impuseram uma virada história, em plena Vila Belmiro.
Não houve um pênalti, um lance polêmico. Houve uma expulsão (justa) para cada lado.
Quando o Santos ganha de 10 a 0, não tem complô nenhum. Quando perde, em casa, de virada, após ter provocado o adversário, a culpa é de um complô e não das falhas na defesa, do mau posicionamento do goleiro, da obscuridade de Robinho...

Falastrão

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, em entrevista a Benjamin Back diz que, antes de acertar com o Flamengo, o atacante Adriano o procurou por três vezes, supostamente para voltar ao São Paulo, mas não houve acerto. Na sequência, o dirigente disse que o time do São Paulo havia jogado muito mal contra o Nacional (PAR) e que no domingo tudo seria diferente.
1. Lógica dos negócios: se Adriano se ofereceu, estava em baixa. Na baixa, você compra uma ação dessas. o Flamengo comprou e ganhou um Campeonato Brasileiro, em cima justamente do São Paulo. Do que hoje o presidente tricolor se orgulha é, na verdade, uma demonstração de miopia. Poderia ter se fortalecido ou enfraquecido o adversário.
2. Palavras não ganham jogo. O São Paulo contratou dez jogadores para esta temporada. A metade é de volante. Culpar apenas os jogadores é deslealdade.
3. O time que entrou em campo neste domingo foi um catadão, um mistão. Ou bem desmoralizou o presidente ou bem suas palavras eram jogadas ao vento.
4. Miranda acusou o golpe e protestou contra o presidente. Precisa desse estresse?
5. Juvenal acredita que, com uma bronca ou caixinha para os jogadores, conseguirá ganhar os campeonatos? Sem craques, sem camisa dez, sem priorizar efetivamente a Libertadores (tanto não prioriza que o presidente "cobra" uma vitória contra o Rio Branco), o São Paulo caminha para mais uma temporada no ostracismo.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cruzeiro em duas perguntas

1. Por que o time está com o freio de mão tão puxado?
2. Por que tantos jogadores expulsos?
Respostas com Adilson Baptista.

Dois pesos...

Uma coisa é certa. Contra essas defesas babas do Paulista e dos Naviraienses da vida, Robinho parece ser de novo um craque de bola _coisa que não conseguiu ser contra as defesas bem postadas do Campeonato Inglês.
Por outro lado, ninguém no futebol brasileiro hoje está jogando bola igual ao Santos contra esses mesmos times.

Meninos da Vila

Quer expressão mais desgastada que essa. Fica a pergunta: é um time campeão e que portanto vai entrar para a história ou o (velho) folclórico Vampeta está certo? Ah, sim. O velho Vamp proclamou: meninos ganham jogos, homens ganham campeonatos.

Objetividade

Se produtividade em campo fosse critério, Richarlyson, Marcelinho e Hernanes não seriam titulares do São Paulo, Dentinho seria do Corinthians.

Na telinha

Adriano aparece dia sim outro também no Jornal Nacional. O atacante joga pouco pelo Flamengo, está acima do peso e se envolveu em episódios tragicômicos. Pelos critérios de Dunga, estaria fora da seleção. Mesmo assim parece que vai para a Copa. Mas a contradição do treinador da seleção está sendo exposta em alta audiência e bom som todos os dias.

A quem interessa?

E o treinador Dunga avisou que irá divulgar uma lista com 23 jogadores convocados para a Copa e mais sete que ficarão de sobreaviso. Esses últimos irão a África do Sul se alguém da primeira lista se machucar ou coisa do gênero. É sarna para se coçar. Primeiro, porque a lista dos "reservas" será imediatamente comparada a dos titulares, colocando uma pressão desnecessária sobre o grupo dos convocados oficiais. Segundo porque cria uma saia justa desnecessária. O grupo de plantão terá que torcer para alguém quebrar uma perna para poder ir a Copa. Não é a melhor forma de ingressar numa equipe.

domingo, 7 de março de 2010

Divagações sobre o nada

Reportagem da Folha verifica que pela primeira vez em mais de 60 anos o time do São Paulo não deve ter nenhum representante na seleção brasileira de futebol, a não ser que algum zagueiro se machuque e Miranda seja lembrado _hoje, não é dos favoritos automáticos de Dunga. O tipo de reportagem que no fundo acrescenta pouco, pois não vai ao fundo da discussão: este é o pior time do São Paulo em épocas de Copa que já se encontrou, esta é a seleção mais seletiva de craques ou Dunga vai levar um bando de mais ou menos e infelizmente ou felizmente nenhum deles é do São Paulo? Para o clube, o que isso significa? Ter jogadores na Copa de 2006, 2002, 1998 significou mais dinheiro, mais prestígio, alguma diferença prática?
Alguns pontos a serem pensados:
- Em 1998, um dos representantes do São Paulo, que chegou a ser titular, era o lateral-direito Zé Carlos, que amarelou contra a Holanda. Isso mostra que são estranhos os caminhos que levam à seleção, por vezes...
- Na atual seleção de Dunga, Adriano, Kaká, Júlio Baptista são exemplos de jogadores maturados no Morumbi. Comparar convocações dos anos 60, 70 e 80 com as chamadas de agora é uma distorção histórica. Antes, os craques ficavam em seus times. Agora, não mais.
- Em 2006, Gustavo Nery era tido como convocação certa. A verdade é que não parece ser o caso, mas a história é pródiga em surpresas de última hora.
- Alex Silva, Miranda, Cicinho, Hernanes... todos esses tiveram sua chance na seleção de Dunga. Em maior ou menor grau perderam espaço para jogadores europeus. Esta é a cara da seleção de Dunga.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Perdeu, playboy

Alguém precisa avisar o Corinthians (jogadores, técnico, torcedores e dirigentes) que no futebol há três resultados possíveis: ganhar, empatar ou perder. A cena de Mano Menezes aplaudindo ironicamente o árbitro no lance do pênalty (sim, foi pênalty de Roberto Carlos)é patética, atitude antidesportiva que merecia ser punida.
Depois foi Chicão: Qual o problema de tomar um chapéu quando o jogo estava parado? Melhor assim, não? Se a bola estivesse em jogo... No final, até Ronaldo, o embaixador da ONU, deixou o campo reclamando de alguma coisa que, no resumo da ópera, nada mais era do que perder para o Santos.