quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Vai durar?

Qualquer análise começa por dizer que Mano Menezes não é Dunga, nunca foi. Enquanto Dunga foi um bom jogador, campeão mundial, Mano foi medíocre dentro das quatro linhas. Fora delas, porém, o atual treinador da seleção tem uma folha de bons serviços prestados, ao contrário do técnico que assumiu o comando brasileiro em 2006.

Isso posto, é necessário avançar para o segundo ponto: devagar com o andor.

Ok, ok. O torcedor quer a seleção para frente, é necessário viver cada dia de uma vez e o futebol precisa de alegria. Se o futuro a Deus pertence, por que não louvar e se entusiasmar com o presente, tendo em vista o futebol apresentado pelo selecionado ontem, diante da boa equipe americana?

Mas olhar para trás ainda é um remédio eficiente para evitar exageros e repetição de erros.

Na estreia de Dunga em 2006, contra a Noruega, os jornalistas de plantão decretavam: "acabou a moleza na seleção". O técnico ainda prometia deixar de lado "o estilo brigador" e que iria só "gritar quando fosse necessário".

A principal diferença do ontem para o hoje é que Dunga preferiu usar a base da Copa-2006. Em poucos jogos, porém, mudou a estrutura. Passou a convocar mais e mais novatos. Os experimentos foram feitos de todos os jeitos, até que se definisse, apenas em 2009, a equipe padrão do Brasil. Essa que acaba de naufragar na Copa.

Primeiro jogo não diz muito. A continuidade do trabalho é que poderá dizer se este time é o que promete. Mas o aperitivo foi muito bom.

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