segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sweet revenge

Imagine o presidente de uma confederação que está há muito tempo no poder. Imagine que ele queira colocar um aliado à frente da liga executiva dos clubes, para assim diminuir a oposição, assegurar que suas vontades serão atendidas e poder participar das rentáveis negociações de direitos de transmissão. Agora imagine que este presidente esteja sendo desafiado pelo dirigente de um clube. Não um clube qualquer, mas um que ganhou três dos últimos quatro campeonatos brasileiros, dono de um estádio próprio, de três títulos Mundiais.
Para dar uma lição neste dirigente turrão, o presidente da confederação faz de tudo. Ameaça tirar o estádio do clube dele do Mundial _e planta notas nos jornais dizendo que a Fifa pensa o mesmo, embora a entidade máxima do futebol tenha dito o contrário. Ameaça tirar a taça do pentacampeonato nacional da galeria de troféus do clube.
Imagine que este mesmo time esteja disputando a semifinal de um torneio regional. É de pensar que este dirigente não vai querer o sucesso de seus inimigos. E pode falar com o presidente da federação local. Para escalar um árbitro local, sem muita experiência. Que aos 30 minutos já tenha tirado de campo o principal jogador da equipe. E que depois mude seus critérios. Que enerve os jogadores em campo. Que deixe-os sentir que terão que lutar com forças extracampo para poder sobrepujar os adversários.
É só um faz de conta. Mas as vezes a vida imita a arte.

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