quinta-feira, 1 de abril de 2010

Big Brother Tricolor

Diz o velho jargão boleiro que o "se" não joga. Sorte do São Paulo. Se a trave não tivesse salvado o clube do Morumbi aos 47min do segundo tempo ontem no México, contra o Monte Rey, neste momento em que escrevo o semestre já estaria praticamente encerrado para Ricardo Gomes e seus comandados. Mais até: o técnico provavelmente estaria fora do cargo. E não seria injustiça.
Desde a era Muricy o São Paulo vem se transformando em um time pouco ousado (um eufemismo para covarde) no torneio sul-americano. Vamos relembrar: em 2007, venceu o Grêmio apenas por 1 a 0 nas quartas-de-final no Morumbi. Saiu de campo achando que estava bom. Não estava. No ano seguinte, repetiu o placar contra o Fluminense também nas quartas e também no primeiro jogo no Morumbi. Saiu de campo achando que era suficiente. Não era.
Ontem, em Monte Rey, o São Paulo fez um primeiro tempo bom, se imprimisse um ritmo mais forte ao jogo, provavelmente abriria o marcador e passaria a jogar nos contra-ataques. Se vencesse, voltaria quase classificado, abafaria a crise e entraria cheio de moral para a decisão do grupo contra o Once Caldas em casa (só o primeiro colocado passa automaticamente neste ano para o mata-mata).
Em vez disso, saiu de campo com as calças na mão e permanece desacreditado, obrigado a provar no Paulista que é um time vencedor. A Copa Libertadores é um torneio engraçado, no qual os clubes costumam ganhar musculatura, embocadura, pegada etc, durante a competição. De certa forma, lembra o Big Brother: quem supera muitos paredões acaba vencendo.
O São Paulo está emparedado.

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