domingo, 28 de março de 2010

Em ilustre memória

Não. Muricy não foi demitido do São Paulo ao perder de 2 a 0, em casa, pela Libertadores da América. Ele foi demitido porque o ciclo havia se encerrado. Não havia saída nem perspectiva. Nem Muricy ficou menor como treinador (pelo contrário, sua passagem pelo Morumbi o engrandeceu e lhe concedeu dimensão nacional, o que não constava em sua prateleira de troféus), nem o São Paulo se diminuiu como clube (ele sobreviverá, sempre, como a rigor todos os grandes o fazem). A entrevista concedida por Ricardo Gomes, hoje, após o clássico contra o Corinthians externa o que é óbvio: seu ciclo já se encerrou. Ricardo não consegue. Não consegue extrair mais do time. Dar padrão tático. Dizer o que quer e como quer. Posicionar corretamente os jogadores. Não consegue ganhar um clássico, nem um jogo decisivo. É claro, simples e objetivo: quando um técnico usa de justificativas, argumentação, culpa o destino, o azar, é porque não consegue dar uma resposta racional _ou porque ela não exista ou porque ela seja difícil de encarar.
O São Paulo tomou quatro gols de falhas da defesa.
O São Paulo não conseguiu articular jogadas de meio de campo.
O São Paulo apresentou falhas.
O referido poder de reação da equipe é balela, posto que perdeu o jogo no último minuto.
O São Paulo, como sempre, perdeu no campo do adversário.
O São Paulo, como sempre, foi derrotado em um jogo decisivo.
Os tubos foram retirados. Agora resta esperar os médicos pronunciarem o óbito.

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